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domingo, 26 de fevereiro de 2012

MOMENTO LITÚRGICO 2



SÍMBOLOS, RITOS E GESTOS QUARESMAIS






São vários os símbolos, as atitudes e iniciativas humanas e religiosas que acompanham e enriquecem o tempo da Quaresma, no qual, como em toda preparação, já saboreamos de certa forma a festa da Páscoa que virá. Por exemplo:



A cor roxa, as cinzas e a cruz, lembram o caráter de penitência e conversão próprio deste tempo. Isto se manifesta também no visual do espaço litúrgico, despojado, sóbrio e "vazio" nos ajuda a esvaziar o coração para preenchê-lo com a Palavra, que é luz para nossos passos e que nos converte.



O jejum nos orienta a dar mais atenção á Palavra de Deus. A fome que sentimos (quando fazemos jejum) pode simbolizar e evocar a fome que temos da Palavra de Deus. É tempo forte,portanto, de escutar a palavra, pois através dela vamos conhecer os desejos de Deus e praticar a sua vontade.



Neste tempo forte da vida da Igreja intensificamos nossa vida de oração, na forma de súplicas, pedidos de perdão, intercessão, agradecimento, compromissos de fé, melhor participação na comunidade, etc... É um tempo próprio para, nas comunidades, participarmos de alguma celebração penitencial (individual ou comunitária). Sobre estas três atitudes - jejum, esmola e oração - os Padres Santos fazem muitas referências. recordemos algumas:



"O que a oração pede, o jejum alcança e a misericórdia recebe. Oração, misericórdia, jejum: três coisas que são uma só e se vivificam reciprocamente" (São Pedro Crisólogo).



"Não tem mérito nenhum negar o alimento ao corpo se no coração não se renuncia à injustiça e se a língua não se abstém da calúnia! (São Leão Magno).



"A esmola só será autêntica se a ajuda material estiver unida ao perdão das ofensas" (Santo Agostinho).



Podemos expressar nossa vontade de participar da caminhada sofrida de Jesus (vítima da violência, de ontem e de hoje), partipando de procissões (de ramos, do encontro, do Senhor morto), via-sacra, círculos bíblicos, etc...



Expressamos o "clima" próprio deste tempo forte da vida da igreja também através da música e do canto. Há uma música própria e cantos que caracterizam este tempo. "Cantar a Quaresma é, antes de tudo cantar a dor que se sente pelo pecado do mundo, que, em todos os tempos e de tantas maneiras, crucufica os filhos de Deus e prolonga assim a Paixão de Cristo. O canto da quaresma nos inspira e anima a assumir, com mais garra do que nunca, a Cruz de Nosso Senhor Jesus cristo. Pela participação em seus sofrimentos, isto é, 'obedientes ao Pai e comprometidos com os irmão até o fim' 'cheguemos à glória da sua ressurreição' (cf Fl 3, 10-11)". Para ajudar nesta vivência, é aconselhavel também que se evite na Quaresma o toque de instrumentos musicais, como baterias e atabaques. Também não cantamos o "glória" e o "aleluia".



A cruz pela qual fomos marcados no Batismo, deve ser destacada. Ela lembra que somos descípulos de Jesus, que superou o fracasso humano da cruz com um amor que vence a morte.



A comunidade deve maior experiência da misericórdia de Deus através do Sacramento da Reconciliação, de celebrações penitenciais e também de retiros.



A todos uma quaresma de muita oração e conversão.



"Convertei-vos e credes no evangelho"



Conselho Pastoral de Liturgia - Ricardo

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