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quinta-feira, 18 de abril de 2013

Nossa Liturgia

   Este pequeno texto foi lido pela D. Annete no encerramento do 3º Encontro do Curso de Liturgia que está sendo ministrado em nossa Reitoria, vejam que bela reflexão.

O Padre e o Ator

   A pequena história que segue poderá ilustrar um pouco o que acontece em nossas celebrações.
   Havia dois irmãos. Um resolveu ser padre e foi para o seminário. O outro preferiu seguir carreira como ator. Muitos anos se passaram sem que se vissem.
   Alguns anos mais tarde, finalmente os dois se encontraram na casa dos pais. Nessa ocasião, os dois irmãos combinaram que um visitaria o outro quando estivesse exercendo a sua “profissão”.
  Algum tempo depois, sentado no meio da platéia, diante do palco onde dentro de instantes seu irmão ator entraria em cena, o padre esperava. Quando as cortinas se abriram, o padre ficou de “boca aberta”. Cenário bem montado, palmas vibrantes, atenção e silêncio, o som harmonioso da orquestra, tudo perfeito.
   O apresentador começou a falar (sem papel na mão). Explicou o sentido da peça para os dias de hoje. Falou sobre o autor, os atores e os detalhes do cenário. A apresentação foi um sucesso. Quando as cortinas se fecharam, todos, de pé, não paravam de aplaudir.
   Muitos foram ao camarim do irmão ator para parabenizá-lo. Comentavam trechos da peça... tiravam lições para suas vidas.
   Chegou o dia em que o ator visitaria o irmão padre. Encontrou-se, então, sentado na igreja, cercado por uma fria assembléia, num auditório não muito confortável. Olhava para o altar, onde um cenário sem muita criatividade parecia não ser trocado há muitos anos.
   De repente, alguém tomou um desafinado violão e pôs-se a exigir que todos o acompanhassem em uma melodia que não era possível escutar devido ao barulho de uma estridente bateria.
   Foi então que surgiu seu irmão. Lá na frente, o comentarista leu alguma coisa. Mas não se pôde entender muito bem o que iria acontecer, nem a importância disso para os dias de hoje. Não havia palmas. Por outro lado, em nenhum momento houve silêncio completo.
   No final da missa, o padre voltou para a sacristia. Só o irmão ator foi cumprimentá-lo. O padre perguntou-lhe:
- Por que as coisas são assim? Lá no teatro as pessoas eram tão atenciosas. Aqui tudo parece ser diferente. Que acontece?
E o irmão disse: - Você quer minha opinião sincera? - Claro... diga o que você pensa! - respondeu o padre.
E o ator disse: - É que lá nós representamos mentiras como se fossem verdades, e aqui vocês representam verdades como se fossem mentiras!!!
Pe. Joãozinho, CSJ - livro: “Curso de Liturgia”

Para Refletir
1.Qual a importância da liturgia?
2.Você está satisfeito com as celebrações realizadas em sua Igreja?
3.Como envolver mais o povo na liturgia?

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